segunda-feira, 2 de julho de 2012

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“... .. ...”

Profunda inquietude, apenas o almejo do silêncio.
Mais uma vez fez-se por mais pura a face repugnante
Da esdrúxula realidade, a qual subordinado fui a desperdiçar
A minha única vida...

Contexto permeado de racionalistas corrompidos para a
Realidade, inertes  para as desgraças e, ao mesmo tempo,
Julgam o suicídio um pecado...
É o simples ato de não querer se conhecer!

Minhas nítidas vistas são incapazes de acolher
O horrendo espírito de superioridade demolidor.
Poupá-las-ei.
Quero apenas me eximir, me sentir menos sufocado,
Ser, quem sabe, menos eu!

Tenho apenas dois ombros e um mundo inteiro
Para carregar. Trago esse fardo imóvel e latente
Do dia que por ventura vim ao mundo e, por
Completa desilusão, até hoje!

Dia o qual percebi que o reflexo da face neutra e imóvel,
Estampada através do vidro do coletivo é parte inerente
Das antropofágicas atitudes narcisistas havidas cá!                     

Autor: Lucas Veiga

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